A Sociedade Cultural Freguesia do Mirim, fundada em 9 de junho de 2005 em Imbituba, SC, é uma organização privada sem fins lucrativos com o objetivo de promover e divulgar a cultura e o patrimônio material e imaterial da comunidade, dentro e fora dela. A sociedade busca manter um espaço de memória, apoiar manifestações culturais e artísticas, facilitar o acesso e a participação da comunidade em suas ações, atendendo às necessidades culturais de diversos segmentos. Além disso, promove o intercâmbio cultural entre diferentes faixas etárias e defende a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, conforme seu estatuto. A sociedade já organizou eventos como a festa dos 150 anos do Mirim e participa de festividades locais, além de realizar parcerias com instituições de ensino.
O Distrito de Mirim, no século passado, foi importante polo comercial, onde se irradiou a civilização e o desenvolvimento em toda a região banhada pela Lagoa do Mirim e o Rio D’uma. Nessa época, duas empresas de navegação estavam estabelecidas na freguesia de Mirim, com barcos que faziam o percurso até o Rio de Janeiro e vice-versa. Os barcos saiam do Mirim, atravessavam a barra da Laguna e seguiam até o Rio de Janeiro, levando produtos da agricultura. Ao retornarem do Rio de janeiro para o Mirim, traziam artigos manufaturados indispensáveis ao consumo da população.
As empresas de navegação estabelecidas na Freguesia de Mirim era a “Clemente José da Silva Pacheco”, que possuía dois barcos, cujos nomes eram: Clemente I e Clemente II, e a “Guimarães & Filhos”, com um barco, de nome São João Del Rei. O barco São João Del Rei tinha o apelido de “Pouca Roupa”, porque suas velas eram remendadas. As pessoas se dirigiam ao Senhor Bernardo José de Souza Guimarães, chefe da firma e perguntavam: quando o “Pouca Roupa” vai viajar? Ele respondia irritado, com sotaque lusitano, pois era natural de Portugal, Pouca Roupa, não, São João Del Rei.